Atualmente, os adultos passam 80-90% do seu tempo dentro de espaços fechados. Este facto constitui um desenvolvimento evolutivo desencadeado pelos processos de urbanização observados nos últimos séculos.
Por sua vez, os efeitos da natureza na saúde física e mental são um tópico emergente na investigação, com influência crescente nas recomendações práticas de saúde. Estudos sobre esta matéria revelam que a exposição a ambientes naturais, e também o tempo passado ao ar livre é benéfico para a saúde, de forma geral, e para a função cognitiva, em particular.
Impactos Comprovados do Contacto com a Natureza
Um estudo conduzido pela The World Journal of Biological Psychiatry propôs-se investigar a associação entre passar tempo ao ar livre e a plasticidade estrutural do cérebro.
Uma análise de todo o cérebro – com recurso a ressonâncias magnéticas - revelou que o tempo passado ao ar livre estava positivamente associado ao volume de massa cinzenta no córtex pré-frontal.
Os resultados indicam uma plasticidade notável e potencialmente relevante para o comportamento da estrutura cerebral num curto espaço temporal, impulsionada pelo tempo diário passado ao ar livre.
Para melhor interpretar estes resultados importa perceber a função do córtex pré-frontal. Este é considerado como a base dos processos cognitivos complexos, como o raciocínio, a planificação ou a flexibilidade mental, assim como também desempenha um papel importante no controlo emocional e na personalidade. Em termos cognitivos, esta área do cérebro é o suporte das funções executivas - um conjunto de capacidades que participam na adaptação a determinados ambientes, organizam temporalmente o comportamento, linguagem e raciocínio, formulam novos planos de ação e coordenam sequências de respostas que envolvem concetualização ou flexibilidade mental.
Um outro estudo, desenvolvido pela Nature revela que um par de horas por semana de contato com ambientes naturais podem promover um significativo aumento na sensação de bem-estar, onde se incluem a melhoria do humor e o alívio de sintomas como ansiedade e stress.
Segundo uma outra investigação realizada pela ISGlobal, existe uma associação entre o acesso a espaços verdes e ansiedade e depressão. Observou-se que o aumento da área verde circundante foi associado a uma menor probabilidade de consumo de benzodiazepinas, enquanto o acesso a grandes espaços verdes foi associado a menor probabilidade de desenvolver depressão.
Estudos como estes vêm sublinhar a importância da escolha de como e em que ambientes (interior vs. exterior) passamos a nossa vida quotidiana. Num mundo em que o desempenho profissional é considerado a maior prioridade, é importante considerar uma abordagem holística para fazer face às exigências da vida urbana e do mercado de trabalho.
Experienciar a Natureza
Caminhar por entre a Natureza tem sido reportado pela medicina Japonesa como uma prática curativa que permite a redução dos níveis de cortisol e pressão arterial.
Qualquer ambiente natural tem um efeito semelhante na saúde e bem-estar. Sejam jardins, lagos ou praias, estes ambientes deixam marcas profundas no corpo e na mente. Olhar para eles é uma experiência multissensorial e visualmente estimulante e, muitas vezes, é suficiente para fazer a diferença naquele dia agitado.
Atividades diárias na natureza, a incorporação de elementos naturais no design de interiores da casa e a adequação do espaço de trabalho para fazer face à necessidade de concentração, produtividade e criatividade, são algumas das sugestões que te deixamos.
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Sabias que, Biofilia é o termo que representa a aproximação do ser humano à natureza? O conceito abrange desde a procura do contacto com outros seres vivos, à incorporação da natureza na arquitetura e na gestão do espaço, interior ou exterior.
A Curae é especialista na aplicação do conceito biofílico, focado no cuidado das pessoas através das plantas. Enquanto agente de Plant Design, transforma espaços interiores e exteriores, numa abordagem personalizada e totalmente adaptada às necessidades do ambiente.
