Plantas em sala de aula

Áreas Verdes em Instituições de Ensino: Benefícios para Alunos e Professores

Descobre como as áreas verdes nas instituições de ensino beneficiam alunos e professores, promovendo a saúde, a aprendizagem, o desenvolvimento e o bem-estar.

 

📍 Índice de Conteúdos

  • Áreas Verdes em instituições de ensino: definição e exemplos
  • Benefícios das Áreas Verdes nas escolas
  • O papel das Áreas Verdes na formação de cidadãos conscientes
  • Planeamento e implementação de Áreas Verdes
  • Superação de desafios comuns
  • O futuro das Áreas Verdes nas instituições de ensino

 

As instituições de ensino são verdadeiros berços de crescimento humano onde mentes são moldadas, sonhos encontram espaço para florescer e valores ganham vida.

Mas entre corredores e salas de aula, continua a existir um ambiente frio e pouco acolhedor que deriva de paredes de concreto e uma falta de conexão com o ambiente natural cuja necessidade faz parte da nossa essência.

Repensar os espaços escolares é uma oportunidade para transformar o processo de ensino-aprendizagem, reimaginando a forma como aprendemos, vivemos e nos conectamos com o mundo ao nosso redor.

Nesse sentido, ambientes naturais, como áreas verdes, internas ou externas, podem ser aliados na formação académica e no fortalecimento das relações sociais.

A natureza, com o seu ritmo harmonioso, oferece um contrariar da agitação do quotidiano, criando um ambiente onde a aprendizagem se torna mais fluida e significativa.

 

Lobby de escola decorado com plantas


Áreas Verdes em Instituições de Ensino: Definição e Exemplos

Áreas verdes em instituições de ensino incluem todos os espaços que integram elementos naturais ao ambiente escolar. Estes podem ser hortas, jardins, áreas multiusos ao ar livre ou mesmo o uso de plantas no interior das instalações.

Exemplos práticos incluem:

  • Hortas escolares, que permitem aos alunos aprender sobre cultivo e sustentabilidade.
  • Jardins sensoriais, que estimulam os sentidos através de texturas, cores e aromas.
  • Espaços multiusos, projetados para servir como áreas de leitura, espaço para aulas ao ar livre ou momentos de relaxamento.
  • Styling de interiores com plantas, criando ambientes de aprendizagem mais acolhedores e saudáveis.

 

Várias escolas ao redor do mundo já adotaram áreas verdes como parte integrante dos seus espaços. Instituições pioneiras mostram que mesmo pequenos projetos podem ter um grande impacto.

Por exemplo, escolas na Dinamarca incorporaram salas de aula ao ar livre, enquanto no Brasil, hortas escolares comunitárias são criadas para ensinar princípios de alimentação saudável e sustentabilidade.


Benefícios das Áreas Verdes nas Escolas

Para os alunos, a presença de áreas verdes estimula a mente de formas que as quatro paredes de uma sala de aula tradicional não conseguem. Estar em contato com a natureza aumenta a capacidade de concentração, reduz o stress e melhora o desempenho académico em geral. 

Além disso, esses ambientes inspiram criatividade e pensamento crítico, incentivando soluções inovadoras para problemas do dia a dia. Inclusive, um jardim escolar pode ser o ponto de partida para debates sobre biodiversidade ou até mesmo para projetos interdisciplinares.

A Natureza é importante para o desenvolvimento de crianças e jovens, em cada uma das suas dimensões: intelectual, emocional, social, espiritual e físico. Alguns dos benefícios das áreas verdes nas escolas incluem:

  • Aprendizagem mais ativa e exploradora: um estudo da American Institutes for Research demonstrou que nas escolas onde existem oportunidades de aprendizagem ao ar livre, há uma melhoria significativa no aproveitamento escolar dos alunos em diferentes áreas do conhecimento.
  • Favorecimento de vínculos sociais: Dados da JAMA Pedratics demonstram que as crianças que brincam ao ar livre com regularidade e livremente, demonstram ser mais capazes para o convívio social, são mais saudáveis e mais felizes.
  • Potencialização da concentração: Segundo dados de Journal of Environmental Psychology, em jovens que vivem na cidade, o acesso à natureza aumenta o equilíbrio e a autorregulação mental.
  • Estímulo à atividade física: Crianças e jovens que usam os ambientes naturais para atividades recreativas são mais ativas fisicamente, mais conscientes sobre a sua alimentação e mais cuidadosas com o outro, diz a Health Education Research.
  • Melhora na saúde e bem-estar: o contacto com a natureza contribui para a redução de sintomas de PHDA e da ansiedade e stress.
  • Melhor nutrição: Segundo o Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, crianças que plantam os seus próprios alimentos são mais propensas a comer frutas e vegetais, têm mais conhecimento sobre nutrição e maior probabilidade de abraçar hábitos alimentares saudáveis por toda a sua vida.
  • Conservação da natureza: Aqueles que convivem diariamente com o meio natural desenvolvem afinidade com a natureza. Consequentemente, desenvolvem comportamentos de apreço e zelo pelo mundo à sua volta.

 

Mas nem só os alunos se beneficiam. Professores também encontram nas áreas verdes um refúgio para aliviar o burnout e renovar as suas energias. Espaços naturais podem servir como locais de pausa entre aulas ou como cenários alternativos para atividades pedagógicas.

A satisfação profissional também aumenta, uma vez que esses ambientes proporcionam condições mais agradáveis para ensinar, contribuindo também para o bem-estar físico e emocional. Um professor motivado inspira os seus alunos, o que contribui para um ambiente escolar mais positivo.

 

Biblioteca escolar com plantas no interior e vista para o jardim exterior

 

O Papel das Áreas Verdes na Formação de Cidadãos Conscientes

As zonas verdes são valiosas ferramentas pedagógicas de educação ambiental nas escolas. Estas áreas podem ser verdadeiras aulas vivas que promovem a educação ambiental de forma prática e envolvente, funcionando como espaços verdes educativos.

Por exemplo, hortas escolares podem ser integradas ao currículo, permitindo aos alunos aprender sobre princípios de sustentabilidade, biologia e responsabilidade comunitária.

Projetos de sustentabilidade que envolvem alunos e professores proporcionam uma compreensão mais profunda dos desafios ambientais e o papel de cada um na construção de um futuro mais verde.

Esta vivência prática ajuda a formar cidadãos mais conscientes e comprometidos com as atividades escolares, porquanto os informa e inspira, também os capacitando para contribuir para um futuro mais sustentável e equilibrado.

 

Planeamento e Implementação de Áreas Verdes

Falemos agora da implementação das áreas verdes em instituições de ensino, sejam internas ou externas.

O projeto de Paisagismo começa com uma análise das áreas subutilizadas dentro da escola é o primeiro passo. Corredores menos movimentados, pátios ou até mesmo telhados, podem ser convertidos em espaços verdes funcionais. É importante que os espaços selecionados tenham uma boa exposição solar e proximidade de áreas de uso comum para maximizar o impacto.

Seguidamente, define-se o tipo de intervenção e as plantas a serem utilizadas. Hortaliças e ervas aromáticas são ideais para hortas escolares, enquanto plantas ornamentais de baixa manutenção, como samambaias e suculentas, podem ser usadas nos interiores. Árvores de pequeno porte também podem ser incluídas nos pátios e entradas, enquanto árvores de grande porte e relvado podem ser o ideal para um jardim exterior.

A manutenção é uma peça importante do projeto. Para diminuir os custos, é essencial optar por espécies nativas que se adaptam naturalmente ao clima local e exigem menos manutenção. Para além disto, estabelecer parcerias com viveiros locais para doação de mudas e materiais, e envolver a comunidade escolar na manutenção das zonas verdes, também são opções que permitem a redução das despesas e criam ainda um senso de pertencimento.

 

Superação de Desafios Comuns

Estamos conscientes das limitações da implementação deste projeto. Deixamos-te sugestões para contrariar as mais comuns:

Orçamento limitado | Procura financiamento através de projetos comunitários, eventos escolares e apoio de ONGs ou empresas locais.

Manutenção regular | Estabelece um calendário colaborativo que inclua alunos, professores e até pais. Criar equipas de “monitores verdes” pode ser uma forma eficaz de manter a rotina de manutenção.

Resistência à mudança | Investe em ações de consciencialização, como palestras e oficinas, para destacar os benefícios do contacto com a natureza e das áreas verdes, e envolver a comunidade escolar no projeto.

 

Alunos a conviver no jardim exterior da escola

 

O Futuro das Áreas Verdes nas Instituições de Ensino

O movimento em direção à sustentabilidade na educação e à integração da natureza nas escolas é uma tendência global que veio para ficar. Cada vez mais, escolas e faculdades ao redor do mundo reconhecem os benefícios significativos das áreas verdes para o bem-estar físico, emocional e intelectual da sua comunidade.

Entre as tendências emergentes, destacam-se:

  • Design biofílico avançado: A incorporação de elementos naturais não apenas nos espaços externos, mas também nas salas de aula, auditórios e bibliotecas, promovem um ambiente mais saudável e inspirador, com fundamento na Biofilia para as escolas.
  • Espaços modulares e multifuncionais: Jardins que se transformam em salas de aula ao ar livre, espaços de convivência ou locais para práticas artísticas e desportivas.
  • Educação ambiental como pilar central: Um currículo que valoriza a sustentabilidade e ensina os estudantes a cuidarem do planeta.

 

Investir em áreas verdes não se trata apenas de estética, embora essa seja também uma vantagem. Mas é mais do que isso, é uma decisão estratégica que contribui para a formação de cidadãos mais saudáveis e conscientes e para o futuro do planeta.

 

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Olá, somos a Curae especialistas em Paisagismo e Plant Styling, sediados em Lisboa, Portugal, e com experiência em projetos de Paisagismo escolar.

Somos a única empresa de Paisagismo em Portugal formada pela British Academy of Garden Design e temos por missão transformar ambientes em santuários verdejantes e prósperos que promovem o bem-estar numa ligação mais profunda com a natureza.

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